Colabore com mapeamento

Dois projetos de Mato Grosso do Sul foram aprovados no edital do Prodav (Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro) da Ancine (Agência Nacional do Cinema) e Ministério da Cultura. Em formato de série, as histórias que são completamente diferentes, mas igualmente interessantes, surgiram no interior do Estado e têm linguagem universal.Baseado na obra de Ricardo Pieretii, “O Menino que engoliu o Sol” conta a história de uma criança que tinha medo do escuro e decidiu ter o sol para si, o que causa um enorme problema. A narração da série de animação será feita pelo cantor e também sul-mato-grossense Ney Matogrosso. “Ao todo são 11 episódios feitos em animação. Convidamos o Ney Matogrosso para o projeto justamente pela facilidade vocal que ele tem para transitar entre os personagens. O roteiro é baseado no livro e fui eu ao lado da Patrícia Alves Dias que escrevemos”, explica Ricardo.

A parceria com a cineasta carioca surgiu durante a realização do Festival de Cinema de Ivinhema, realizado na cidade pela Fundação Nelito Câmara, da família de Ricardo. “Nós nos conhecemos, ela fez uma oficina de animação durante todos os dias de festivais. Era um desejo antigo meu transformar em cinema um dos meus livros e a ideia inicial era produzir sobre Os Contadores de Causos e a Poética dos Pantanais, mas pela sugestão da filha da Patrícia, a Lia que tem 11 anos de idade, mudamos para o Menino que engoliu o Sol”, afirma o escritor.

Foram desenvolvidas as sinopses de cada episódio, que deve abordar também a cultura pantaneira. “Dessa vez o menino tem um nome e a tia também. A série se passa tanto antes de ele engolir o sol, quanto depois, no escuro. Também há espaço para a escola rural, a relação com os índios guatós e outros elementos que fazem parte do imaginário pantaneiro”, indica Ricardo.

Thiago com a produção e os cantores da Bro MCs
Thiago com a produção e os cantores da Bro MCs
Viagem entre amigas – O outro projeto aprovado pela Ancine é do cineasta e ator Thiago Rotta. Natural de Presidente Prudente, mas douradense desde que tinha um mês de idade, Thiago tem 15 anos de carreira como ator, tendo participado de projetos de humor, com inclusive integrantes do programa Porta dos Fundos.
“Mas, eu sempre volto para Dourados”, entrega Thiago. Esse carinho pela cidade fez com que ele decidisse manter os seus projetos em Mato Grosso do Sul. A série Natasha é a segunda produção do gênero que ele produz. “A história é sobre três amigas, uma travesti, uma transexual e uma drag queen que decidem fazer uma viagem entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso após a amiga delas, também travesti, ser assassinada”, conta o cineasta.
O roteiro é assinado por Antony Magalhães e o projeto tem como foco a representatividade, por isso, Thiago faz questão de que as atrizes escolhidas para o filme sejam travestis e transexuais. “A seleção será dessa forma. Desde que voltei para Dourados há quatro anos, eu acho que tudo que eu fazia no Rio de Janeiro seria possível fazer aqui e estou tentando”, acredita.
No currículo de Thiago existe uma série de televisão sobre os rappers Bro MCs. “Guateka tem cinco episódios feitos para a TV pública”, indica.



outros posts